Segundo a dermatologista Maria Júlia Cunha, da clínica especializada no tratamento com cannabis Gravital, de São Paulo, há evidências do uso dos compostos da planta para tratar doenças inflamatórias como dermatites, psoríase e acne. Além disso, há um potencial promissor no tratamento inicial de condições com forte componente neural, como pruridos e hiperidrose.
A interação do CBD com os receptores do sistema endocanabinoide localizados na pele possibilita um controle eficaz da produção de sebo, alívio de coceiras, irritações, cicatrização de feridas e hidratação intensa. Esse sistema desempenha um papel crucial na regulação da resposta imunológica e inflamação, tornando o tratamento com cannabis medicinal não apenas eficaz contra doenças inflamatórias, mas também tumorais.
A Dra. Maria Julia ressalta que as doenças inflamatórias, especialmente a psoríase, são comuns em seu consultório, e os resultados dos tratamentos têm sido muito satisfatórios. "Acredito que exista uma importante demanda reprimida de pacientes que poderiam se beneficiar do tratamento, mas que por desconhecimento da etiologia e possível resposta à cannabis, não procuram tratamentos alternativos na dermatologia", destaca a médica.
Além do tratamento de doenças, a ação antioxidante da cannabis também é aproveitada em cuidados estéticos, neutralizando os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento da pele e danos ambientais. Produtos para skincare à base de cannabis estão disponíveis no mercado, com destaque para sua qualidade e preocupação com a sustentabilidade e proteção ambiental.
Em suma, a cannabis medicinal está revolucionando a dermatologia, oferecendo uma gama de benefícios que vão desde o tratamento de doenças de pele até cuidados avançados com a estética, proporcionando uma nova perspectiva para o cuidado e a saúde da pele.
Fonte: Sechat
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