O grupo foi dividido em duas partes, metade recebeu o extrato completo da cannabis (com THC e CBD) e a outra metade, um placebo. No fim do teste, os pacientes que usaram o extrato apresentaram melhora na cognição e no desempenho de memória.
O professor Francisney do Nascimento, que coordenou o estudo, explica que o formato usado é o mais confiável da ciência médica. “É o primeiro ensaio clínico no mundo que mostra melhora real na memória de quem tem Alzheimer. Outros estudos mostravam redução da ansiedade e da agitação, mas mimeste foi o primeiro com avanço cognitivo comprovado”, afirma.
O artigo foi publicado na revista Journal of Alzheimer’s Disease e faz parte das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Cannabis Medicinal e Ciência Psicodélica (LCP) da UNILA.
Segundo o médico Elton Gomes da Silva, do curso de Medicina da UNILA, o estudo abre novas possibilidades para o tratamento da doença. “Além da melhora na memória, o uso foi seguro. Nenhum paciente apresentou efeitos colaterais relevantes”, destaca.
A equipe explica que os canabinoides atuam reduzindo a inflamação no cérebro e o estresse oxidativo, fatores que aceleram a progressão do Alzheimer. Pesquisas anteriores já mostravam que o THC pode estimular a formação de novos neurônios na região da memória.
O trabalho contou com a participação de pesquisadores da UNILA, da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, da UFRGS e da Johns Hopkins School of Medicine, dos Estados Unidos.
Fonte: Portal da Cidade
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