Após a sanção da lei estadual que permite maior autonomia de municípios para regulamentar uso de canabidiol na rede pública, assinada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no último dia 31, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que vai começar estudo sobre o assunto. “O uso do medicamento é importante para quem tem espectro autismo, parkinson, epilepsia”, disse o prefeito Guto Volpi (PL).Em Ribeirão Pires, a implementação vem acontecendo em etapas: a primeira teve duração de quatro meses e diz respeito à adaptação e orientação dos médicos da rede de saúde.
A segunda tem previsão de duração de dois anos, para avaliação e triagem dos pacientes que desejam utilizar a medicação e preencherem todos os critérios de indicação e contra indicação. O médico Laerte Rodrigues Junior, líder dos estudos sobre canabidiol em Ribeirão Pires, explica que a cidade está no processo de regulamentação da lei e que deve iniciar alguns estudos em breve. “Os próximos passos são realizar testes para entender melhor quais são nossas principais patologias. Já estamos avançando para a segunda etapa da lei municipal”, afirmou.
O canabidiol é recomendado para vários tipos de tratamento. No entanto, a evidência científica mais confiável é por sua eficiência em enfermidades mais graves como síndromes de epilepsia infantil, síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut (LGS). Isso ocorre porque, normalmente, elas não respondem aos medicamentos anticonvulsivantes convecionais. Em vários estudos, o medicamento à base de canabis foi capaz de reduzir o número de convulsões e, em alguns casos, interrompê-las completamente. Doenças neurodegenerativas, como alzheimer e parkinson e outras mais comuns, como a depressão, ansiedade, insônia, dores e estresse também podem ser amenizadas ou mesmo curadas com um uso do canabidiol.
Fonte: Diário do Grande ABC

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