Os resultados revelaram um consenso da medicina a favor do uso da cannabis medicinal para melhorar a saúde, tratar o câncer e controlar a progressão da doença. Segundo o estudo, 70% a 90% dos pacientes que usaram cannabis para tratar diretamente os sintomas do câncer relataram melhorias — com menos de 5% relatando efeitos adversos.
Segundo o artigo, a cannabis não só demonstrou resultados positivos no controle dos sintomas relacionados ao câncer devido às suas propriedades anti-inflamatórias, mas também no tratamento da doença como agente anticancerígeno.
Estudos pré-clínicos mostraram que os canabinoides podem induzir apoptose e inibir o crescimento tumoral em várias linhagens de células cancerígenas, diz pesquisa.
Canabidiol sintético pode prevenir contra dor da quimioterapia
O usa da maconha medicinal tem crescido, porém seus usos podem ser ainda mais relevantes. Uma substância sintética análoga ao canabidiol pode prevenir o surgimento da dor neuropática, um efeito adverso relativamente comum de quimioterápico que pode, inclusive, levar à interrupção do tratamento clínico contra o câncer.
O estudo foi publicado na revista Neurotherapeutics. A pesquisa foi realizada com o paclitaxel, um quimioterápico utilizado para o tratamento de diferentes tipos de câncer.
Os resultados do estudo, realizado em camundongos, mostraram que a substância previne efeitos adversos e não causa dependência. Além disso, a administração combinada com o quimioterápico trouxe melhores resultados para o tratamento contra o câncer.
Uso de maconha medicinal no Brasil cresce
O Anuário da Cannabis Medicinal 2023 mostrou que o uso da substância para tratamento de saúde cresceu 130% em um ano no Brasil. O documento mostra que 430 mil pacientes conduzem tratamentos à base de cannabis medicinal.
Assim, no anuário anterior, feito em 2022, foram registrados cerca de 188 mil pacientes ativos no país.
Cerca de 219 mil pacientes fazem importação de medicamentos de cannabis no Brasil, mostra levantamento. Enquanto 114 mil (26%) fazem tratamento via associações e outros 97 mil pessoas (22%) têm acesso aos medicamentos à base de cannabis nas farmácias.
Os dados são da Kaya Mind, empresa especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis. Além disso, conta com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Uol

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